Células Animal e Vegetal
domingo, 12 de dezembro de 2010
[Random] célula ao microscópio eletrônico
O Felipe prometeu a vocês trazer uma imagem de uma célula ao microscópio eletrônico, achei essa imagem muito legal de um óvulo, só lembrando que as cores observadas são feitas por computador, pois ao visualizar uma imagem no ME ela é cinza, infelizmente não achei qual o tamanho da ampliação, mas não é pouco!
essa imagem foi tirada do site http://zitosloko.blogspot.com/2009/03/microscopica-imagens-do-interior-do.html
(por Fernanda)
[Célula e organismo] Efeitos Metabólicos da Insulina e do Glucagon
A integração do metabolismo energético é controlada principalmente pela insulina e pelas ações que a ela se opõem do glucagon e da adrenalina. Alterações nos níveis circulantes desses hormônios permitem ao organismo estocar energia quando o alimento é fornecido em abundância ou dispor da energia estocada, por exemplo, durante “crises de sobrevivência”, como fome, lesão grave ou situações de “luta-ou-fuga”. A insulina é um hormônio polipeptídico produzido pelas células beta das ilhotas de langerhans do pâncreas. Sua biossíntese envolve dois precursores inativos, a pré-pró-insulina e a pró-insulina, clivados sequencialmente para formar o hormônio ativo. O aumento da glicemia é o sinal mais importante para uma secreção mais aumentada de insulina. A síntese e a liberação de insulina são diminuídas pela adrenalina, que é secretada em resposta a estresse, trauma ou exercício intenso. A insulina aumenta a captação de glicose (pelo músculo e pelo tecido adiposo) e a síntese de glicogênio, de proteínas e de triacilgliceróis. Essas ações são mediadas pela ligação da insulina ao seu receptor, iniciando uma cascata de eventos de sinalização celular, incluindo a fosforilação de uma família de proteínas denominadas de substratos do receptor de insulina (SRIs). O glucagon é um hormônio polipeptídico secretado pelas células alfa das ilhotas pancreáticas. O glucagon, juntamente com a adrenalina, o cortisol e o hormônio do crescimento (os hormônios contra reguladores), se opõe a muitas das ações da insulina. O glucagon atua na manutenção da glicemia durante períodos de potencial hipoglicemia e aumenta a glicogenólise, a gliconeogênese, a lipólise, a cetogênese e a captação de aminoácidos. A secreção do glucagon é estimulada por baixos níveis sanguíneos de glicose, por aminoácidos e pela adrenalina. Sua secreção é inibida por níveis elevados de glicose sanguínea e pela insulina. O glucagon liga-se a receptores de alta afinidade nos hepatócitos. Essa ligação resulta na ativação da adenilato-ciclase, que produz o segundo mensageiro AMP cíclico(AMPc). A posterior ativação da proteína-cinase dependente de AMPc resulta na ativação ou inibição, por fosforilação, de enzimas-chave da regulação do metabolismo de carboidratos e de lipídeos. A hipoglicemia é caracterizada por: 1) sintomas do sistema nervoso central, incluindo confusão, comportamento atípico ou coma; 2) simultaneamente, nível de glicose sanguínea igual ou inferior a 40 mg/dL; e 3) retorno desses sintomas ao normal em minutos após a administração de glicose. A hipoglicemia ocorre mais frequentemente em pacientes recebendo tratamento com insulina, com controle estrito. O consumo e o metabolismo subseqüente do etanol inibem a gliconeogênese, ocasionando hipoglicemia em indivíduos com depleção nos estoques de glicogênio hepático. O consumo de álcool pode também aumentar o risco de hipoglicemia em pacientes que fazem uso de insulina.
(por fernanda)
[Resumos] Resumo dos textos de modelos didáticos aplicados à biologia
No primeiro artigo, com o título: Modelos didáticos no discurso de professores de Ciências, Gislene Margareth Avelar Guimarães, Agustina Rosa Echeverria e Itamar José Moraes apresentam os resultados de um estudo realizado junto aos professores de Ciências da rede pública municipal de Goiânia. Os autores relatam que ciência e tecnologia dominaram nossas vidas e que não se pode privar uma população de conhecimento científico, deixando-o só nas mãos de quem detêm o poder e negligenciando a própria cidadania. Entretanto, estudos explicitam a falta de motivação atual de nossas crianças pelas ciências, em virtude da precária qualidade do ensino e má formação dos professores, os quais são responsáveis por promover mudança significativa na educação escolar. Numa perspectiva histórica, pesquisas demonstram que o ensino de Ciências passou por determinadas configurações: os modelos fundamentados numa perspectiva de transmissão/ recepção, a partir da concepção indutivista/empirista da ciência como verdade absoluta, estão superados do ponto de vista epistemológico e pedagógico, pelo menos na teoria e os modelos com base construtivista, tanto da perspectiva da ciência como da aprendizagem, identificam-se vertentes diferenciadas. Assim, pesquisas diversas buscam compreender os processos pedagógicos no ensino de ciências, focando na aprendizagem ou no ensino, no professor ou no aluno, nas práticas ou nas ideias. Neste artigo, buscou-se identificar os modelos didáticos subjacentes ás ideias dos professores sobre ensino/ aprendizagem, na perspectiva de delinear o perfil do ensino de Ciências na rede municipal, que desde 1988 passou por um processo de reestruturação curricular do ensino fundamental, com a implantação dos ciclos de formação. O conceito de modelo didático como referencial teórico de análise foi desenvolvido por Pórlan, que afirma que modelos são construções teóricas que nos possibilitam uma aproximação mais sistemática do objeto de estudo, e dessa forma, da sua compreensão. Para isso, devemos estar cientes de que é artificial tentar enquadrar processos educacionais em “modelos”, uma vez que sua complexidade não permite enquadramentos estáticos e por estarem impregnados de um forte componente ambiental. Contudo, é importante destacar que a análise das concepções de um conjunto de professores e a caracterização do modelo didático predominante em seu discurso, permite levantar questionamentos sobre o seu desenvolvimento profissional e as possíveis práticas pedagógicas. Existem quatro tipos gerais de modelos didáticos e de perfis profissionais: tradicional, ensino enciclopédico, hierarquizado, fragmentado e memorização. Tecnológico, saberes disciplinares agregados a problemas ambientais, sem considerar os interesses ou concepções do aluno, cabendo ao professor a manutenção da ordem e exposição dos conteúdos, o que se propõe é a eficiência do ensino. Espontaneísta-ativista, o centro do processo de ensino-aprendizagem é deslocado para o aluno, o professor é líder afetivo e social e não mais transmissor do conhecimento. Por fim, o modelo didático de investigação na escola, com a finalidade educativa de enriquecer o conhecimento do aluno, numa direção que conduza para uma visão complexa e crítica da realidade. Contudo, fica evidente, no presente artigo, a presença de divergentes orientações didáticas resultantes de diferentes concepções de educação escolar que permeiam o pensamento dos professores. Pode-se afirmar que não existe um modelo didático predominante. Observa-se a composição de um modelo eclético, que sugere um momento de transição das concepções dos professores sobre educação e o ensino de ciências e uma possibilidade de evolução no seu desenvolvimento profissional, constituindo-se em espaço de reflexão sobre a finalidade da educação e sobre as práticas cotidianas em sala de aula.
No segundo artigo analisado, intitulado “Imagens 3D virtuais no ensino de Ciências: reconstrução de um modelo analógico do olho humano em aplicativo multimídia”( Welerson R.Morais-CEFET-MG e Ronaldo L.Nagem-CEFET-MG), teve como objetivo reconstruir modelos didáticos virtuais bidimensionais(3D) do olho humano em um aplicativo multimídia e constrastá-los com modelos bidimensionais(2D) e textos de livros didáticos em um estudo comparativo para verificar se o modelo 3D virtual seria viável como modelo didático. As imagens virtuais demonstram a forma como o ser humano se relaciona com o mundo e quando chegam até a escola, passam a representar os fenômenos da natureza, servindo para facilitar o entendimento de conceitos científicos, superando o texto escrito como forma de comunicação. O presente artigo destaca a possibilidade de interação entre homem e máquina para a construção de uma nova aptidão tanto em professores quanto em alunos, da aprendizagem e manipulação de uma nova mídia como recurso didático, frente às inovações tecnológicas experimentadas pela sociedade atual. O artigo demonstrou ainda que o modelo 3D forneceu um melhor aprendizado para os alunos pela capacidade singular de representar tão bem os fenômenos naturais, algo extraordinário para a ciência e a educação.
O terceiro artigo “Planejamento, montagem e aplicação de modelos didáticos para a abordagem de biologia celular e molecular no ensino médio por graduandos de ciências biológicas”, publicado na Revista Brasileira de Ensino de Bioquímica e Biologia molecular, relata o processo de construção e aplicação de sete modelos de baixo custo na área de biologia celular e molecular, aos estudantes do ensino médio de baixa renda, como material de apoio. Esse trabalho foi desenvolvido por alunos do curso de ciências biológicas da Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG). A construção de modelos didáticos facilita a aprendizagem dos conteúdos bastante abstratos e de aspectos microscópicos comuns em livros didáticos utilizados por alunos do ensino médio, os quais não dispõem de recursos como laboratórios, restritos aos colégios particulares, o que compromete o ensino de determinadas disciplinas. Os modelos elaborados foram escolhidos a partir da descoberta das principais dificuldades desenvolvidas pelos alunos do ensino médio de uma determinada escola da região de Alfenas, como a dificuldade em conceituar célula e vírus, por exemplo. A finalidade da montagem dos modelos próprios estudantes é que ele aprenda a seqüência em que ocorre cada etapa dos mecanismos relacionados com a Biologia celular e Molecular dos tópicos envolvidos e a visualização em terceira dimensão ajuda a melhorar esse entendimento. Foi diagnosticada pelos graduandos a falta de bagagem básica, necessária para a compreensão dos assuntos dos alunos do ensino médio. Isso reforça ainda mais a construção de modelos didáticos que despertem nos alunos a curiosidade sobre determinados assuntos, sendo que as atividades lúdicas e mais participativas colaboram para incentivar e trazer os conteúdos de Biologia mais próximos à realidade do estudante, o que contribui para a educação. Por fim, relatos dos estudantes da graduação denotam que a aplicação dos modelos didáticos foi eficiente tanto na fixação das teorias básicas quanto no aumento do interesse dos estudantes pela matéria, consistindo uma estratégia alternativa interessante para aplicação tanto no ensino médio como no desenvolvimento das habilidades do professor em formação.
O quarto artigo intitulado “Desenvolvimento de modelos didáticos para o ensino de desenho mecânico utilizando o conceito de prototipagem rápida” (Antônio E.M. Pertence, Daniel M.C. Santos e Helton Vilela jardim) refere-se que modelos didáticos tridimensionais vêm sendo cada vez mais aplicados ao ensino de graduação nas áreas de desenho mecânico devido às deficiências em habilidades mecânicas da inteligência espacial relatados por estudantes de desenho mecânico. Pois, alguém que deseje fazer engenharia deve aprender a linguagem do espaço e a pensar no meio espacial, deve desenvolver a inteligência espacial. Nesse sentido, o artigo apresenta a ideia de desenvolvimento e uso de modelos didáticos através do conceito de prototipagem rápida que poderá gerar avanços significativos na geração de habilidades dessa inteligência. Utilizou-se modelos tridimensionais didáticos fabricados em alumínio e nylon, resultando em sólidos tridimensionais em lugar de desenho tridimensional ou isodiamétrico. Esse modelo foi bem aceito entre os discentes e os resultados obtidos após avaliação da aprendizagem foram considerados satisfatórios, uma vez que a capacidade de interpretação geométrica espacial foi muito melhor do que em turmas convencionais nas quais se utilizaram técnicas clássicas de aprendizagem.
De tudo pode-se concluir que a utilização de modelos didáticos é de suma importância para aumentar a qualidade da educação do país, contribui em grande escala para o processo de construção do conhecimento, melhorando o processo ensino-aprendizagem, colabora para aumentar a qualificação docente e, sobretudo, privilegia a criatividade dos indivíduos criadores desses modelos, que buscam sanar as principais dificuldades de entendimento de determinados conteúdos dos alunos que tem poucos recursos para aprendizagem. Sem dúvida nenhuma, a construção dos modelos didáticos contribuirá para uma ruptura epistemológica dos padrões tradicionais da educação contemporânea.
(por Fernanda)
[modelo didático]
Trago para vocês o modelo didático sobre mitose idealizado pela Fernanda e Felipe, espero que gostem.
(por Fernanda)
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
[observação e opinião] Outros blogs
Olar Biônico - Deize e Eliziane -> http://olhobionicoedp.blogspot.com
Nesse blog elas explicam como funciona um Estereomicroscópio (famosa lupa), contam sua história e tem algumas imagens tiradas em observações e dos equipamentos em si. Blog muito Show de bola com um conteúdo bem fácil de entender.
Microscópio Óptico - Angelo e Mariana -> http://mobiologia02.blogspot.com
As principais imagens apresentadas aqui serão provenientes de um microscópio óptico, portanto confiram os posts desses dois colegas que conseguem explicar de forma irreverente o que compõe e como funciona um microscópio óptico.
Microscópio Eletrônico - Hanna e Polyane -> http://microeletronico.blogspot.com
Ainda não coloquei nenhuma imagem de microscópio eletrônico nesse blog, mas prometo colocar.
Essas meninas estão com ótimos posts com boas explicações e muitas fotos, só uma prévia do qeu vcs encontrarão no blog delas; como funciona, os tipos de ME existentes, aplicação, imagens, capacidade dessa incrível máquina, e por ai vai, confiram esse blog é agitado, assim como os elétrons do microscópio.
Conhecendo o Mundo Invisível - Kamila e Werana -> http://cmundoinvisivel.blogspot.com
Pra quê conhecer, saber como funciona os MO e ME sem saber como surgiu a microscopia? pra isso essas inteligentes alunas começaram o blog "conhecendo o mundo invisível". Recomendo uma passadinha por lá pra conhecer a fascinante história do microscópio.
Lâminas: Materiais vivos e fixados - Marina e Pedro -> http://biolaminas.blogspot.com
Legal Felipe, já sei o que é um estereomicroscópio, um MO, um MEe a história do microscópio, mas como posso ver essas imagens que vc colocou no blog?
Simples pessoal, é só visitar esse blog que vc saberão como posso ver todas essas fotos que estão no blog, eles ainda estão no começo, porém vale a pena ir lá e fuçar por 5 minutinhos, garanto que terão algumas coisas muito interessantes!
Boa noite a todos e espero que apreciem esses blogs SEM MODERAÇÃO, agora a ordem é fuçar, fuçar e fuçar.
abraços a todos.
[Célula relacionado com botânica] Raiz do Milho
Quando vcs abrirem a imagem numa resolução maior perceberão algumas setinhas, cículos e chaves.
1ª parte. O círculo azul indica uma região chamada medula que é composta por células do parênquima.
A seta Preta própria do microscópio indica a uma célula do Xilema que é bem grande e se repete algumas vezes, tem como função o transporte de água e sais minerais para as folhas da planta.
As setas vermelhas indicam o floema que são bem menores e aparecem entre as células de xilema, tem como função o transporte da seiva elaborada pra raiz.
Essa primeira parte descrita é chamada de câmbio vascular.
2ª parte. As setas verde escuro indicam a endoderme, bem visível como um anel de apenas uma camada de células em volta do câmbio vascular, servem para o revestimento do CV.
3ª parte. A chave laranja indica a região do córtex que é composto por células parenquimáticas que fazem o transporte da água até o CV.
4ª parte. Mostrando a epiderme com apenas uma camada de células as setas amarelas, a epiderme é responsável pela absorção da água e nitrientes no solo, podendo desenvolver alguns tricomas para aumentar essa absorção.